sexta-feira, 9 de setembro de 2011
ATIVIDADE FÍSICA NA MELHOR IDADE
A velhice é um período de declínio caracterizado por dois aspectos: a senescência e a senilidade.
A senescência é o período em que o declínio físico e mental são lentos e graduais, ocorrendo em alguns indivíduos na casa dos 50 e em outros, depois dos 60 anos. A senilidade se refere à fase do envelhecer em que o declínio físico é mais acentuado e é acompanhado da desorganização mental. Aqui, também, encontramos as diferenças entre as pessoas; algumas se tornam senis relativamente jovens, outras antes dos 70 anos, outras, porém, nunca ficam senis, pois são capazes de se dedicarem a atividades criativas que lhes conservam a lucidez até a morte (Rosa, 1983).
Senescência é uma fase normal da vida de um indivíduo sadio; geralmente inicia-se depois dos 65 anos e não é manifestação doentia; na senescência não ocorrem distúrbios de condutas, amnésias, perda do controle de si mesmo; em outras palavras, é o velho sadio. Senilidade é doença, também conhecida como demência, onde o idoso (às vezes acomete adultos jovens) perde a capacidade de memorizar, prestar atenção, não consegue mais se orientar, fala sem nexo, vai limitando sua vida ao leito, e chega a perder o controle de urinar e defecar. Só 5% dos idosos padecem de senilidade.
A senilidade, também denominado envelhecimento patológico, e que é entendido como os danos à saúde associados com o tempo, porém causados por doenças ou maus hábitos de saúde.
Pode-se dizer que o envelhecimento humano ocorre em três níveis diferentes: biológico, psicológico e social.
O envelhecimento biológico envolve mudanças fisiológicas, anatômicas, bioquímicas e hormonais, acompanhadas de gradual declínio das capacidades do organismo.
O envelhecimento psicológico é traduzido pelos comportamentos (abertos e encobertos) das pessoas em relação a si próprias ou aos outros, ligados a mudanças de atitude e limitações das capacidades em geral. Esses comportamentos trazem como conseqüência a ocorrência de inadaptações, readaptações e reajustamentos dos repertórios comportamentais, face às exigências da vida.
O envelhecimento social está relacionado às normas ou eventos sociais que controlam, por um critério de idade, o desempenho de determinadas atividades ou tarefas do grupo etário, e que dão sentido à vida de cada um. Como exemplo, podemos citar: o casamento é um evento que ocorre geralmente nos anos da juventude ou no início da vida adulta. O nascimento de filhos é mais comum no período entre dezoito e trinta anos.
A aposentadoria ocorre, compulsoriamente aos setenta anos, ou com 30 ou 35 anos de trabalho comprovado. Essas normas ou eventos sociais contribuem para o estabelecimento de muitos preconceitos. Assim por exemplo, citando Neugarten e Datan (1974), para reforçar este ponto, a aposentadoria está supostamente relacionada como início da vida incapacitante e desintegradora, ou seja, a Velhice.
A atividade física é um dos meios mais barato e mais saudáveis na qual pode melhorar a nossa saúde. Para o idoso, a atividade física é de fundamental importância, pois, o processo de envelhecimento beneficia as perdas, principalmente, nos aspectos cognitivos e físicos, assim a atividade física torna-se um fator o qual pode ajudar a amenizar estas perdas (RABACOW et al., 2006).
Aceitar as transformações que ocorrem tanto nos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais na terceira idade é uma das formas de encarar os problemas decorrentes desta fase da vida, de forma a minimizá-los por meio da atividade física, participação na comunidade, passeios e entre outros (ZIMERMAN, 2000).
Referencias Bibliográficas
NEUGARTEN and DATAN. The Middle Years in S.Arieti, New York: Basic Books, 1974.
Paiva, Vilma Maria Barreto. A velhice como face do desenvolvimento humano. http://www.nehscfortaleza.com/artigos_arquivos/artigo_039.htm
RABACOW, Fabiana Maluf et al. Questionários de Medidas de Atividade Física em Idosos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Florianópolis, v.8, n.4, p. 99-106, 2006.
ROSA, M. (1993). Psicologia Evolutiva: psicologia da idade adulta. Petrópoles: Vozes.
Miranda, Thaís C. Senescência e senilidade - O que é isso? http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?cat=117&id=1791&menu=2
ZIMERMAN, Guite I. Velhice: Aspectos Biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Benefícios da Atividade Física - Na Terceira Idade
Segundo LORDA 1995 70% das pessoas acima de 60 anos são sedentárias.
Existem cada vez mais evidências científicas apontando o efeito benéfico de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento.Além dos benefícios já citados anteriormente pela atividade aeróbica existem também importantes benefícios do treinamento de força muscular no adulto e na terceira idade :
Melhora da velocidade de andar
Melhora do equilíbrio
Aumento do nível de atividade física espontânea
Melhora da auto-eficácia
Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea
Ajuda no controle do Diabetes, artrite, Doença cardíaca
Melhora da ingestão alimentar
Diminuição da depressão
Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do passo, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. O exercício contribui na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos:
Fortalece os músculos das pernas e costas;
Melhora os reflexos;
Melhora a sinergia motora das reações posturais;
Melhora a velocidade de andar;
Incrementa a flexibilidade;
Mantém o peso corporal;
Melhora a mobilidade;
Diminui o risco de doença cardiovascular.
Segundo dados científicos a participação em um programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças cardiovasculares, 10% nos casos de acidente vascular cerebral, doença respiratória crônica e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o fato que reduz de 30% para 10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmos, além de desempenhar papel fundamental para facilitar a adaptação a aposentadoria.
Endorfina. Hormônio do bem-estar.
Há pessoas que não gostam tanto do exercício, mas da sensação de bem estar de tê-los feito. Assim sendo, a liberação de endorfina que gera a sensação de bem estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.
ENDORFINA é uma substância natural produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves.
ATIVIDADE FISICA SÃO PAULO
Os idosos paulistas lideram o ranking dos que menos praticam atividades físicas. É o que aponta estudo da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo realizado em parceria com o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), responsável pela execução do programa Agita São Paulo.
A pesquisa foi realizada em 2008 com base em 2,6 mil entrevistas de homens e mulheres na cidade de São Paulo e em outras 13 regiões do Estado.
Das pessoas com 60 anos ou mais ouvidas na pesquisa, 28,9% não atendem às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de pelo menos 30 minutos de atividades físicas – que exijam movimento corporal –cinco dias por semana. Esse índice é de 19,4% entre a população em geral.
Entre os idosos, 8,4% foram considerados totalmente sedentários. Outros 10,3% foram classificados como irregularmente ativos totais, ou seja, erram no tempo e número de dias em que fazem alguma atividade física. E 10,2% foram avaliados como irregularmente ativos parciais, ou seja, erram ou na quantidade de dias ou no tempo recomendado para os exercícios.
A prática de atividades físicas é importante em qualquer idade, auxiliando na circulação e na prevenção de doenças. Alguns idosos, evidentemente, têm dificuldade de locomoção. Mas muitas pessoas com mais de 60 anos são saudáveis e deixam de fazer atividades físicas ao parar de trabalhar, o que é um grande erro.
A segunda faixa etária com maior prevalência de sedentarismo ou prática de atividade física insatisfatória é entre os paulistas de 30 a 39 anos, representando 21,2% do total de entrevistados.
Entre as pessoas de 19 a 29 anos esse índice é de 18,3%, praticamente empatado com os 18,2% de pessoas entre 40 e 49 anos. Já entre os adolescentes de 14 a 18 anos o índice de sedentários e irregularmente ativos é de 11,4%.
Mais informações: www.agitasp.org.br
LONGEVIDADE
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada sexta-feira, mostra que a expectativa de vida no País aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009. A nova expectativa de vida do brasileiro é de 73,1 anos.
Entre as mulheres são registradas as menores taxas de mortalidade. Elas representam 55,8% das pessoas com mais de 60 anos. No período avaliado, a expectativa de vida feminina passou de 73,9 anos para 77 anos. Entre os homens, passou de de 66,3 anos para 69,4 anos.
Em Teresópolis é visível esse aumento da população idosa e tem gente até com receita própria para viver mais, como o aposentado Juarez Rebelo: “Evitar certas coisas como drogas bebidas e cigarro e cuidar da saúde que pé o que eu faço”. Samuel Ferreira também tem sua explicação: “No meu caso é tranqüilidade e os outros também se forem tranqüilos vão viver mais”.
Segundo o IBGE, a taxa de expectativa de vida no Brasil ainda é menor que a da América Latina e do Caribe (73,9 anos), só ficando à frente da Ásia (69,6 anos) e da África (55 anos). Na América do Norte a taxa fica em 79,7 anos.
Os níveis mais baixos da taxa de fecundidade se encontram nos estados da Região Sudeste, sobretudo no Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1,63 e 1,67 filho por mulher, respectivamente. Com relação a cor ou raça, segundo o IBGE, a taxa de fecundidade das mulheres brancas (1,63 filhos) era menor do que a das negras ou pardas (2,20).
A pesquisa mostra que o aumento da esperança de vida ao nascer e a queda da fecundidade no País têm feito subir o número de idosos, que passou entre 1999 e 2009 de 6,4 milhões para 9,7 milhões. Em termos percentuais, a proporção de idosos na população subiu de 3,9% para 5,1%. Em compensação, no mesmo período, caiu o número de crianças e adolescentes de 40,1% para 32,8%, estreitando o topo da pirâmide etária brasileira. Mesmo assim, o País é considerado jovem. (Marcus Wagner - O Diário-18.09).
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